sexta-feira, 19 de maio de 2023

Terno balançar




Eram doces tempos de colher morangos e flores silvestres nos campos. As coelhinhas deixavam suas acalentadoras toquinhas todas as manhãs, e com o suave toque do sol, em um céu de amanhecer cheio de sonhadoras poesias, elas iam para os campos, cantarolando alegres canções. Naquele dia, encontraram um balancinho no caminho, tão terno, até umas rosinhas nasceram nele, como se ali fosse o melhor lugar. Acharam aquilo mágico, coisa de fada, e ficaram ali por um tempinho, com a cestinha de morangos nas mãos, as flores no colo, e os corações balançando. O sereno balançar era uma poesia do tempo, que levava aos pequeninos dias, onde todos os pés sabiam tocar o céu.


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